No cenário financeiro desta quinta-feira, os juros futuros operam próximos à estabilidade, refletindo a expectativa dos investidores diante de eventos significativos no horizonte econômico. Todos os olhares estão voltados para a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos Estados Unidos e para o anúncio do leilão semanal de títulos prefixados pelo Tesouro Nacional brasileiro. Embora a tendência para as taxas seja de alta, conforme indicado pelo comportamento dos Treasuries americanos nesta manhã, o mercado aguarda com cautela os próximos movimentos.
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) mostram ajustes marginais, evidenciando a ansiedade do mercado. Especificamente, a taxa do DI para janeiro de 2025 viu um leve aumento para 10,01%, enquanto as taxas para os anos subsequentes também apresentaram elevações modestas, refletindo a postura de espera dos agentes financeiros.
A atenção está voltada principalmente para os dados do PCE de janeiro nos Estados Unidos, um indicador crucial para as projeções de inflação e para as expectativas em torno do ciclo de política monetária da maior economia do mundo. Com a incerteza ainda predominante sobre o início do afrouxamento monetário nos EUA, os números de inflação podem desencadear ajustes nas previsões para o primeiro corte de juros no país, atualmente antecipado pela maioria para a reunião de junho.
Profissionais da Commcor destacam a importância do PCE para a orientação dos mercados hoje, sugerindo que uma aceleração no índice em relação a dezembro poderia reforçar a postura cautelosa do Banco Central americano, potencialmente adotando uma abordagem mais 'hawkish' nas próximas reuniões.
Além disso, o aumento nas taxas observado no início dos negócios também reflete influências do cenário global, com os rendimentos das T-notes de 2 e 10 anos nos EUA registrando elevações, sinalizando um ambiente de maior aversão ao risco entre os investidores.
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No Brasil, o mercado também reage aos dados de desemprego da Pnad Contínua, que registrou uma taxa de 7,6% no trimestre móvel encerrado em janeiro, um resultado mais favorável do que o esperado pelas consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data.
Adicionalmente, os investidores aguardam detalhes sobre o leilão semanal de títulos prefixados do Tesouro Nacional, com expectativas de que as preparações para o leilão possam ter influenciado o comportamento das taxas no pregão anterior.
Neste contexto de múltiplas variáveis e expectativas, o mercado financeiro permanece em estado de alerta, monitorando de perto os desenvolvimentos tanto no cenário internacional quanto no doméstico, em busca de sinais que possam orientar as estratégias de investimento no curto e médio prazo.
