Em um cenário de violência intensificada, o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou um "estado de conflito armado interno". Esta situação deriva de uma série de eventos alarmantes, incluindo a invasão de uma emissora de TV em Guayaquil por um grupo armado, que aterrorizou jornalistas e funcionários. O ataque ocorreu ontem, às 14h30, horário local. O grupo, munido de armas e granadas, entrou na sede da TC TV, realizando disparos, mas sem deixar feridos. As autoridades conseguiram prender os invasores, embora a identidade e motivações do grupo ainda não tenham sido divulgadas.
Ampliação dos Poderes Militares
Este decreto de Noboa, postado no X, antigo Twitter, nomeia uma série de organizações ligadas ao tráfico internacional como "terroristas e atores beligerantes não estatais", incluindo grupos como Águilas, Ak47, Choneros, entre outros. O presidente ordenou às Forças Armadas operações para neutralizar esses grupos. Simón Pachano, professor da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), interpreta a medida como uma declaração de guerra civil, com possíveis restrições severas às garantias constitucionais.
Agravamento da Violência e Fuga de Criminosos
A onda de violência, que se intensificou no início desta semana, incluiu atos como explosões de pontes e incêndios de veículos. As ações das gangues desafiaram as forças de segurança, especialmente após a notícia da fuga de Adolfo Macías, líder da gangue Choneros, de uma prisão em Guayaquil. A suspeita recai sobre dois agentes penitenciários por possível envolvimento na fuga. Paralelamente, Fabricio Colón Pico, chefe da gangue Los Lobos, também escapou de uma prisão em Riobamba.
