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2023 Foi o Primeiro Ano Sem Intervenções Cambiais desde 1999

Publicado em

10/1/2024

2023 Foi o Primeiro Ano Sem Intervenções Cambiais desde 1999

Imagem:

Divulgação Bacen

Em 2023, o Brasil vivenciou um ano notável no que diz respeito à sua política cambial. Pela primeira vez desde 1999, o Banco Central (BC) não efetuou intervenções no mercado de câmbio através de novos leilões. Esse fato é um marco significativo, considerando que o BC tradicionalmente intervém em momentos de alta volatilidade da moeda brasileira. O dólar, que começou o ano cotado a R$ 5,27, fechou em R$ 4,85, refletindo uma apreciação gradual do real e uma volatilidade reduzida.

Fatores Contribuintes e Análise de Especialistas

Especialistas, como Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, e ex-chefe do Departamento de Mercado Aberto do BC, destacam que, apesar de certos ruídos sobre a política econômica brasileira e um ambiente externo desafiador em certos períodos do ano, o mercado de câmbio manteve-se estável, não justificando intervenções. O BC realizou apenas rolagens integrais de contratos de swap cambial, consideradas posturas neutras.

Outros especialistas, como Reinaldo Le Grazie, ex-diretor de política monetária do BC e sócio da Panamby Capital, atribuem essa estabilidade a um "alinhamento astral perfeito". Fatores como a redução do overhedge cambial por bancos e a menor alavancagem de empresas brasileiras no exterior, que antes contribuíam para a desvalorização do real, não estiveram presentes em 2023. Além disso, o fluxo cambial positivo, que inclui a forte entrada de dólares via conta comercial e o desempenho relativamente bom da conta financeira, também foi um fator crucial.

Reflexo no Fluxo Cambial e Perspectivas Futuras

Em 2023, o Brasil registrou um fluxo cambial positivo de US$ 11,4 bilhões, a maior entrada de capital no país desde 2012. Carlos Kawall, diretor da Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional, observa que, além do ambiente externo favorável e da política do Federal Reserve, o fluxo comercial robusto foi decisivo para manter a volatilidade do real em cheque. Ele prevê que essa tendência de superávit comercial, impulsionada tanto pelo agronegócio quanto pelo petróleo, pode se manter nos próximos anos, reduzindo a necessidade de intervenções cambiais.

Além disso, a posição vendida dos bancos em dólar no mercado à vista caiu para US$ 1,9 bilhão em novembro de 2023, o menor nível desde agosto de 2018. Esse cenário sugere um potencial fortalecimento do real no início de 2024, conforme apontado por Alfredo Menezes, sócio e diretor de investimentos da Armor Capital.

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