O mercado financeiro brasileiro apresentou uma reação contida nesta sexta-feira, apesar dos sinais de desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos, que geralmente favorecem ativos de risco globalmente. Os dados do 'payroll' americano, que incluem uma alta inesperada na taxa de desemprego e salários abaixo do esperado em fevereiro, sinalizaram uma possível moderação na economia dos EUA. No entanto, essa notícia não foi suficiente para impulsionar os ativos domésticos, que permaneceram sob pressão devido a fatores internos.
A piora na percepção de risco, influenciada principalmente pelo balanço recente da Petrobras e pela decisão da companhia de não distribuir dividendos extraordinários, impactou negativamente o humor dos investidores. Como resultado, tanto o dólar quanto os juros futuros no Brasil mantiveram-se em alta, embora tenham recuado das máximas registradas mais cedo no dia. O real destacou-se negativamente, registrando o pior desempenho entre as principais moedas globais.
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Por volta das 10h45, o dólar era negociado com alta de 0,61%, cotado a R$ 4,9636, após atingir R$ 4,9886 na máxima do dia. Na curva de juros, observou-se um aumento nas taxas, com o DI para janeiro de 2027 subindo para 9,935% e o DI para janeiro de 2029 alcançando 10,40%.
Enquanto os mercados globais tentam se recuperar, com os rendimentos dos Treasuries em queda e os índices futuros das bolsas de Nova York em leve alta, os ativos locais brasileiros lutam para encontrar um caminho de alívio, refletindo a complexidade e os desafios específicos enfrentados pelo mercado financeiro do país.