A semana no mercado financeiro começa com os investidores atentos às expectativas em relação à trajetória dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Hoje, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, está no centro das atenções, juntamente com os discursos de diversos dirigentes do Federal Reserve (Fed) americano.
Após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e os discursos de seus membros na semana passada, parte do mercado passou a perceber uma coesão maior em relação ao patamar da taxa Selic ao fim do ciclo de cortes. O Boletim Focus desta segunda-feira mostrará se essa percepção já começou a se refletir nas expectativas para a inflação.
Nos Estados Unidos, os discursos dos dirigentes do Fed são aguardados ansiosamente, pois podem influenciar as expectativas para os juros. Enquanto no Brasil o debate se concentra em quando o Banco Central vai parar de reduzir as taxas, nos EUA a discussão gira em torno de quando os cortes começarão e até onde eles poderão ir. De acordo com dados do CME Group, baseados nos futuros dos Fed Funds, a aposta majoritária é de que os cortes comecem em setembro, com uma ou duas reduções até o final deste ano. A ata da mais recente reunião do Fed, que será divulgada na quarta-feira, é um dos documentos mais aguardados da semana.
Na manhã desta segunda-feira, os rendimentos dos Treasuries e o índice DXY, que compara o dólar com uma cesta de moedas fortes, mostravam estabilidade. Os futuros dos índices de ações em Nova York, que recentemente bateram recordes, registravam leve alta.
No cenário internacional, o Banco Central da China manteve estáveis as taxas de juros de referência para empréstimos, e as bolsas da Ásia encerraram o dia em alta.
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Outro fator que está no radar dos investidores é a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero. Esse evento pode gerar cautela nos mercados devido aos temores de uma possível escalada no conflito no Oriente Médio. O preço do petróleo Brent apresentava estabilidade pela manhã.
Com esses fatores em jogo, a semana promete ser movimentada, com os investidores atentos aos desdobramentos das políticas monetárias e aos acontecimentos geopolíticos que podem impactar os mercados globais.
