Revisão Estratégica Após Fusão Vibra-Eneva
A Petrobras está considerando revisar as cláusulas de não concorrência com a Vibra (antiga BR Distribuidora) para retornar ao setor de postos de combustíveis no Brasil. Uma fonte da estatal revelou ao Valor que essa brecha poderia ser explorada caso a Vibra prossiga com a fusão com a Eneva. A Petrobras, que vendeu suas ações na Vibra, vê essa mudança como uma oportunidade de corrigir o que considera ter sido um erro estratégico maior do que a venda de suas refinarias.
Planos da Petrobras e Desafios Enfrentados
A Petrobras não tem planos de recomprar a Vibra, mas busca outras alternativas para ter uma presença no mercado de distribuição de combustíveis no Brasil. A questão central envolve o uso da marca BR, que está sob um contrato de cessão de uso por dez anos desde a privatização da BR em 2021. Atualmente, a Vibra pode usar a marca Petrobras em suas fachadas, mas não tem a obrigação de comprar combustíveis exclusivamente da estatal.
O novo plano estratégico da Petrobras para 2024-2028 não indica um investimento direto em distribuição de combustíveis, mas a estatal está avaliando alternativas, inclusive a possibilidade de adquirir distribuidoras menores. A Petrobras também está focada em expandir suas operações em áreas como fertilizantes e petroquímica, além de aumentar a capacidade de refino no país.
Potencial Impacto da Fusão Vibra-Eneva
A proposta de fusão entre a Vibra e a Eneva, que ainda está em negociação, poderia alterar significativamente o panorama do setor de combustíveis. A combinação dessas empresas criaria uma nova entidade com igual participação de ambas, podendo abrir espaço para a Petrobras rever o acordo de não concorrência.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou anteriormente a importância de estar próximo do consumidor e o valor da marca BR. As declarações indicam que a estatal poderia ter planos surpreendentes para o futuro no setor de distribuição de combustíveis.
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