O Bitcoin está enfrentando um período desafiador neste mês de abril, registrando uma significativa desvalorização. Nesta terça-feira (30), a criptomoeda era negociada na faixa dos US$ 61 mil, acumulando perdas que podem chegar a 14% ao final do mês, marcando o primeiro mês de desvalorização desde agosto do ano passado, quando o recuo foi de 11,3%.
A atenção dos investidores está voltada para a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) que ocorrerá amanhã, com expectativas generalizadas de que os juros nos Estados Unidos se mantenham entre 5,25% e 5,5% ao ano. As declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, são altamente antecipadas, pois poderão fornecer indicações sobre como a inflação persistente pode influenciar o cronograma para redução das taxas de juros no país.
Adicionalmente, os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista nos EUA observaram saídas líquidas pelo quarto dia consecutivo, totalizando US$ 51,6 milhões em retiradas, destacando-se a redução do fluxo no ETF da Grayscale e no ARKB da Ark Invest.
Enquanto isso, o bitcoin registrava uma queda de 2,0% nas últimas 24 horas, com o ether, moeda digital da rede Ethereum, recuando 5,3%. O valor de mercado combinado de todas as criptomoedas globais era estimado em US$ 2,37 trilhões.
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Segundo Beto Fernandes, da Foxbit, apesar das perdas serem um golpe duro, especialmente após o pico de US$ 73 mil, a necessidade de correções era evidente após sete meses consecutivos de ganhos que totalizaram quase 175% de valorização. Analistas de mercado já preveem possíveis pontos de suporte e resistência, dependendo do comportamento futuro dos compradores e vendedores nas negociações.
O cenário permanece incerto, e os próximos movimentos do mercado, influenciados por decisões econômicas e fluxos de investimento, serão cruciais para definir a trajetória do bitcoin nos próximos meses.
