O preço do Bitcoin caiu nesta quarta-feira, seguindo uma tendência de baixa influenciada por um cenário macroeconômico difícil e comentários recentes do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Powell indicou que a inflação nos Estados Unidos está demorando mais para se estabilizar na meta de 2% ao ano, levando a expectativas de que os cortes de juros serão adiados.
A abordagem mais rigorosa de Powell em relação às taxas de juros, destinadas a controlar a inflação, aliada às recentes tensões geopolíticas entre Irã e Israel, exacerbou a aversão ao risco entre os investidores. Isso resultou em fluxos de saída significativos em fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin, marcando o terceiro dia consecutivo de retiradas líquidas, com o GBTC da Grayscale experimentando saídas de US$ 79,4 milhões.
Na manhã desta quarta-feira, o Bitcoin era negociado a US$ 62.290, mostrando uma queda de 1,1% em 24 horas. Outras criptomoedas também apresentaram desvalorizações, com o Ether, da Ethereum, recuando 1,6% para US$ 3.026. O mercado global de criptomoedas viu seu valor total cair para US$ 2,37 trilhões.
Analistas do setor ainda observam o mercado com cautela, apesar das quedas. Tasso Lago, especialista em criptomoedas, sugere que a correção nos preços do bitcoin já era esperada e poderia atingir valores entre US$ 50 mil e US$ 52 mil. Além disso, a proximidade do evento de halving do bitcoin, que reduzirá pela metade a recompensa dos mineradores, adiciona mais uma camada de incerteza ao mercado.
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Apesar das recentes quedas, a resistência de US$ 63 mil para o bitcoin está sendo testada, com expectativas de que o preço possa recuperar-se. Segundo André Franco, head de análise do MB, mesmo que haja uma queda adicional, existem resistências sólidas em patamares como US$ 58 mil, indicando um cenário ainda otimista para a criptomoeda a longo prazo.
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