Após dias de atenção voltada para as questões envolvendo a Petrobras e a distribuição de dividendos extraordinários, os mercados financeiros no Brasil e nos Estados Unidos direcionam seu foco para os novos dados de inflação, previstos para esta terça-feira. Esses indicadores são aguardados com expectativa, pois devem oferecer pistas cruciais sobre os próximos passos das políticas monetárias em ambos os países, em um momento em que as decisões sobre juros estão cada vez mais próximas.
No Brasil, a expectativa é que o IPCA de fevereiro registre um aumento significativo de 0,78%, segundo projeções coletadas pelo Valor Data. A atenção se volta especialmente para a média dos núcleos e a inflação de serviços subjacentes, fatores que têm sido monitorados de perto pelo Banco Central e que podem influenciar uma postura mais cautelosa da autoridade monetária. Apesar da perspectiva de alta, o mercado começa a projetar uma inflação mais amena a partir de março, o que tem contribuído para manter a curva de juros local sob controle.
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Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) de fevereiro também está no radar, com previsões apontando para um aumento mensal de 0,4% no índice geral e de 0,3% no núcleo do indicador. Anualmente, espera-se que o CPI mostre uma alta de 3,1%, enquanto o núcleo deve desacelerar para 3,7%. Os investidores buscam sinais de que a inflação americana esteja perdendo força, após surpresas altistas nas últimas leituras, ajustando suas expectativas para o início do ciclo de ajuste monetário nos EUA.
Com os mercados internacionais operando próximos à estabilidade, os olhos estão voltados para os resultados dos índices de inflação, que podem definir o tom das ações dos bancos centrais nas próximas semanas. A reação dos mercados a esses dados será crucial para entender o cenário econômico atual e as expectativas futuras para a política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.