Nesta quinta-feira, as bolsas da Europa registraram alta, estimuladas por uma série de dados econômicos positivos da zona do euro e pela perspectiva de um iminente corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O mercado reagiu otimisticamente aos sinais de recuperação econômica, com destaque para o aumento da atividade econômica em março e a queda no índice de preços ao produtor (PPI) de fevereiro. A desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar de março, divulgada no dia anterior, também contribuiu para o bom humor dos investidores.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com um ganho modesto de 0,20%, alcançando 511,02 pontos. Entre os principais mercados, o FTSE 100 de Londres subiu 0,47%, chegando a 7.974,55 pontos; o Dax, de Frankfurt, avançou 0,19%, para 18.403,05 pontos; e o Cac 40, de Paris, registrou uma alta discreta de 0,04%, fechando a 8.156,86 pontos.
O otimismo foi alimentado pela ata da reunião de março do BCE, que indicou a possibilidade de um corte de juros já em junho, aumentando a confiança dos investidores. A ata revelou que, embora não existam dados suficientes para uma redução dos juros em abril com a segurança de que a tendência de desinflação é sustentável, um corte em junho se mostra viável.
Jack-Allen Reynolds, economista para a zona do euro da Capital Economics, prevê que o BCE sinalizará claramente a intenção de cortar os juros em sua próxima reunião em 11 de abril. "Existe uma boa possibilidade de um corte de 0,50 ponto percentual, embora o mais provável seja de 0,25 ponto", afirmou Reynolds, sugerindo que a taxa de depósito poderia ser reduzida para 3,75%.
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Os dados divulgados mais cedo também contribuíram para o clima positivo entre os investidores. O índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro para março atingiu 50,3 pontos, um aumento em relação aos 49,2 pontos de fevereiro e o maior nível em 10 meses, segundo a S&P Global e o Hamburg Commercial Bank (HCOB). O PMI composto da Alemanha subiu para 47,7 pontos em março, enquanto o do Reino Unido registrou uma leve queda, de 53 para 52,8 pontos no mesmo período. Já o índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro mostrou um recuo de 8,3% em fevereiro, reforçando as expectativas de uma política monetária mais flexível por parte do BCE.
Esse conjunto de fatores reforça a expectativa de que, apesar dos desafios econômicos globais, a zona do euro está no caminho da recuperação, com o BCE desempenhando um papel crucial na estabilização e estímulo da economia regional.